Levantamento revela que telemarketing, ensino público, atendimento ao cliente e jornalismo lideram ranking de infelicidade no trabalho no Brasil | Imagem: Divulgação

Quinta, 14 de agosto de 2025
Por Eduardo Ventura/Catraca Livre

A insatisfação profissional se tornou uma epidemia silenciosa no Brasil. Em 2025, um novo ranking destacou as 14 ocupações com maiores índices de infelicidade entre os trabalhadores brasileiros, revelando que o problema vai muito além do salário.

Pressões diárias, jornadas desgastantes, ambientes tóxicos e a ausência de reconhecimento estão minando o bem-estar emocional de milhões de pessoas.

Mesmo funções tradicionalmente respeitadas, como o magistério, figuram entre as mais difíceis. O impacto é direto na produtividade, nas relações pessoais e até no sentido de propósito que cada um encontra em sua jornada profissional.

O trabalho que adoece

Principais fatores que aumentam a infelicidade no trabalho. Estudos de RH e psicologia organizacional indicam cinco grandes vilões:

>> Salários baixos e metas abusivas.
>> Jornadas exaustivas e pouco reconhecimento.
>> Ambientes tóxicos com assédio e competitividade.
>> Falta de autonomia e crescimento.
>> Trabalho repetitivo e sem impacto positivo.

Setores que envolvem contato direto com o público (como call centers ou supermercados), ou que sofrem com abandono estrutural (como escolas públicas), lideram os índices de esgotamento emocional.

As 14 ocupações com maior insatisfação em 2025

1 - Atendente de telemarketing.
2 - Motorista de ônibus urbano.
3 - Operador de linha de produção.
4 - Agente de cobrança.
5 - Caixa de supermercado.
6 - Professor de escolas públicas.
7 - Auxiliar de limpeza.
8 - Trabalhador de call center.
9 - Recepcionista hospitalar.
10 - Funcionário de fast food.
11 - Vendedor porta a porta.
12 - Auxiliar de enfermagem.
13 - Securitário.
14 - Jornalista de redação.

Essas funções compartilham um traço comum: altíssima pressão e baixíssimo retorno emocional ou financeiro.

Sinais de alerta: impacto na saúde mental

O peso da infelicidade no trabalho vai muito além da insatisfação diária. Entre os sintomas mais recorrentes estão:

>> Ansiedade constante e insônia.
>> Irritabilidade e desmotivação.
>> Queda de produtividade.
>> Uso frequente de medicação psiquiátrica.
>> Episódios de burnout e depressão.

Empresas que não atuam na prevenção perdem talentos e enfrentam altos índices de absenteísmo e rotatividade.

Dá para mudar de profissão?

Sim, e cada vez mais brasileiros têm feito isso. A transição de carreira deixou de ser tabu e se tornou um caminho realista para quem busca mais qualidade de vida.

Como começar:

>> Identifique habilidades transferíveis (comunicação, empatia, gestão);
>> Faça cursos técnicos ou digitais;
>> Busque mentoria e networking;
>> Monte uma reserva financeira para a transição;
>> Explore áreas com mais flexibilidade ou alinhadas ao seu propósito.

Empresas também precisam mudar

Organizações modernas estão criando políticas de bem-estar mental e reestruturando lideranças para oferecer mais equilíbrio, escuta ativa e valorização humana.

Quem ignora isso perde talentos e sofre perdas em performance. A felicidade no trabalho não é luxo é estratégia.

Mais do que estabilidade ou bônus, profissionais hoje buscam sentido no que fazem. Trabalhos que contribuem para a sociedade, oferecem liberdade ou abrem espaço para criatividade estão entre os mais promissores para a próxima década.

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